segunda-feira, 23 de abril de 2012

O maior medo de todos

Por um conselho do meu psiquiatra recomeço esse blog com outro tema, como uma forma de desabafo de um problema que hoje sei que afeta uma parte considerável da população, o problema na parte psicológica como depressão e síndrome do pânico.
Desde dezembro venho apresentado esse quadro, mas apenas em fevereiro fui buscar ajuda de um médico, e mesmo assim, com tudo isso sofro ainda pelo menos 2 crises por dia. Faço terapia e tomo remédios antidepressivos o que por si só não anda ajudando muito.
Perdi a vontade em várias coisas, mas preocupo-me sempre em pelo menos conseguir levantar da cama e seguir em frente sabendo que a qualquer momento posso ter ou não uma crise como as de antes. Cada crise é um efeito diferenciado no meu corpo e na minha mente, cada qual tem um peso sobre minhas decisões e sobre como lidar com isso tudo mesmo não tendo muito apoio ou consideração de quem eu achava que poderia me auxiliar com tudo isso.
Esse ponto é o mais forte nesse momento todo; buscar ajuda de um médico foi até mais fácil que assumir para as pessoas que eu amava sobre minhas condições, sobre meu quadro clinico e os meus temores. Escutar meus pais acharem que é frescura ou simplesmente o "não tem o que fazer" foi doloroso, ver que o homem que eu mais confiei nesses últimos tempos simplesmente achar mais fácil se retirar de perto do que me apoiar também foi muito doloroso.
Errei de não ter contato antes do termino do namoro sobre minha condição, mas apesar de não ter mais nem força de prosseguir e uma vergonha que cada vez me consome, assumi para esse homem a doença e pedi a sua ajuda, não posso negar que o seu "não" doeu muito mais que as várias crises que conseguiria ter suportado até agora, mas agora sei que com ele também não posso contar.
Desempregada, recém roubada, com várias contas para pagar e muito choro por vir e poucos com quem contar, vejo que não posso apenas voltar a ter as mesmas ideias que quase coloquei em pratica em um domingo chuvoso, devo tentar pelo menos seguir em frente, um dia após o outro e com várias noites no meio.
Vamos ver até onde eu consigo chegar né?

2 comentários:

  1. olá querida
    eu tbm ja sofri de sindrome do pãnico..tinha medo de morrer..na minha cabela eu ia ter uma doença e ia morrer amanha..todos os dias qndo levantava da cama er a a mesma sensação..de morte..mas eu fui me tratando e aos poucos melhorando..vc vai sair dessa amiga..qual é seu medo? os remedios vao fazendo efeito aos poucvos..mas claro que vc tem que se ajudar...ter vontade de mudar..pq somente nós conseguimos o que queremos..nao é remedio nenhum que vai fazer nos sairmos do fundo do poço..é a nossa força de vontade de mudar..lute até o fim querida..estarei com vc nesse momento..
    pq vc nao tenta arranjar outro emprego..pq assim vc vai se distraindo, e a distraçlão é o melhor remedio para isso..
    ficar em ksa a gente só pensa em besteiras..quem sabe va dar uma caminhada..tente libertar-se disso..
    bjao e conte comigo

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  2. Nossa muito obrigada bethynha...
    cada dia que passa e uma crise vem eu me deparo com todo esse desespero.
    Tenho medo de toda mudança na minha vida, de ter saido de casa e agora mal conseguir me sustentar, o fato de ter assumido as pessoas que eu amava minha condição e eles não terem entendido.
    Essa nova cidade, esses medos novos, toda essa dor e a falta de sentir proteção de alguma forma.
    As vezes acredito que o fim é um só, que se eu não botar um fim nisso ele que vai botar em mim.

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